Nuno Melo acusou esta quarta-feira, o Governo de incompetência por ter nacionalizado o BPN sem estar devidamente documentado.
"Houve incompetência do Governo ao decidir a nacionalização sem deter toda a informação sobre o caso BPN", afirmou o deputado do CDS-PP numa conferência de imprensa no Parlamento.
"A decisão de nacionalizar um banco, o que não acontecia desde 1975, foi muito pouco profissional já que o Governo não habilitou os deputados com a informação completa", acrescentou.Nuno Melo salientou que o que aconteceu no BPN “não foi um cataclismo”, mas situações “resultantes de casos de polícia”.“É normal que, decidindo-se a nacionalização, o Governo não habilitasse os deputados com os relatórios [das acções inspectivas] da supervisão?”, questionou.O deputado voltou a apontar o dedo a Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, afirmando que os factos que entretanto foram apurados ao longo dos cerca de três meses de trabalho da comissão de inquérito à nacionalização permitiram perceber que “a supervisão falhou clamorosamente face aos indícios que tinha, pelo menos, desde 2001”.Nuno Melo, que pertence à comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN, considerou ainda que "este cataclismo não resulta da crise mas sim de um caso de um polícia".O deputado centrista referia-se à nacionalização do banco, decretada em Novembro de 2008.Nuno Melo apresentou ainda aos jornalistas um memorando confidencial que levou à criação do Banco Insular e que, na opinião do deputado, "demonstra uma entidade fortemente hierarquizada, com um objectivo definido" e que "durante muitos anos subtraiu milhões de euros dos depositantes". "Há pelo menos um administrador do BPN que sabia de tudo, mas muitas dezenas de pessoas tinham conhecimento do Banco Insular", acusou Nuno Melo, em referência a uma carta remetida por José Vaz Mascarenhas em Setembro de 2001 para Nuno Luz de Almeida, antigo administrador do banco.
Nuno Melo pôs assim em causa as declarações de Luz de Almeida na comissão parlamentar onde o actual quadro da CGD disse que "só conhecia recentemente o Banco Insular".
"Há pessoas que negaram informação a este órgão de soberania [Parlamento], não disseram a verdade, nem enviaram documentos solicitados", prosseguiu o deputado do CDS-PP, que é membro da comissão de inquérito parlamentar à nacionalização do BPN, que o Governo decretou em Novembro de 2008.
Nuno Melo disse ainda que, com base em inspecções feitas em 2002 e 2005 ao BPN, o Banco de Portugal não reagiu nem sancionou as irregularidades detectadas, considerando que se o supervisor "tivesse agido nessa data, muito do prejuízo hoje suportado pelos contribuintes não teria acontecido".
No relatório do Banco de Portugal fica "comprovado que já nesta data tinham sido detectadas várias irregularidades", disse o deputado.
"É normal que há tantos anos, com tantos indícios, o Banco de Portugal não tenha conseguido quase coisa nenhuma e que não tenha usado os seus poderes de supervisão?", questionou ainda Nuno Melo.
"A supervisão teve todos os indícios, como provam os relatórios de 2002 e de 2005, mas não agiu", reforçou o deputado, antes de concluir que "a supervisão [Banco de Portugal] falhou clamorosamente face aos indícios que tinha desde 2001".
"Houve incompetência do Governo ao decidir a nacionalização sem deter toda a informação sobre o caso BPN", afirmou o deputado do CDS-PP numa conferência de imprensa no Parlamento.
"A decisão de nacionalizar um banco, o que não acontecia desde 1975, foi muito pouco profissional já que o Governo não habilitou os deputados com a informação completa", acrescentou.Nuno Melo salientou que o que aconteceu no BPN “não foi um cataclismo”, mas situações “resultantes de casos de polícia”.“É normal que, decidindo-se a nacionalização, o Governo não habilitasse os deputados com os relatórios [das acções inspectivas] da supervisão?”, questionou.O deputado voltou a apontar o dedo a Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, afirmando que os factos que entretanto foram apurados ao longo dos cerca de três meses de trabalho da comissão de inquérito à nacionalização permitiram perceber que “a supervisão falhou clamorosamente face aos indícios que tinha, pelo menos, desde 2001”.Nuno Melo, que pertence à comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN, considerou ainda que "este cataclismo não resulta da crise mas sim de um caso de um polícia".O deputado centrista referia-se à nacionalização do banco, decretada em Novembro de 2008.Nuno Melo apresentou ainda aos jornalistas um memorando confidencial que levou à criação do Banco Insular e que, na opinião do deputado, "demonstra uma entidade fortemente hierarquizada, com um objectivo definido" e que "durante muitos anos subtraiu milhões de euros dos depositantes". "Há pelo menos um administrador do BPN que sabia de tudo, mas muitas dezenas de pessoas tinham conhecimento do Banco Insular", acusou Nuno Melo, em referência a uma carta remetida por José Vaz Mascarenhas em Setembro de 2001 para Nuno Luz de Almeida, antigo administrador do banco.
Nuno Melo pôs assim em causa as declarações de Luz de Almeida na comissão parlamentar onde o actual quadro da CGD disse que "só conhecia recentemente o Banco Insular".
"Há pessoas que negaram informação a este órgão de soberania [Parlamento], não disseram a verdade, nem enviaram documentos solicitados", prosseguiu o deputado do CDS-PP, que é membro da comissão de inquérito parlamentar à nacionalização do BPN, que o Governo decretou em Novembro de 2008.
Nuno Melo disse ainda que, com base em inspecções feitas em 2002 e 2005 ao BPN, o Banco de Portugal não reagiu nem sancionou as irregularidades detectadas, considerando que se o supervisor "tivesse agido nessa data, muito do prejuízo hoje suportado pelos contribuintes não teria acontecido".
No relatório do Banco de Portugal fica "comprovado que já nesta data tinham sido detectadas várias irregularidades", disse o deputado.
"É normal que há tantos anos, com tantos indícios, o Banco de Portugal não tenha conseguido quase coisa nenhuma e que não tenha usado os seus poderes de supervisão?", questionou ainda Nuno Melo.
"A supervisão teve todos os indícios, como provam os relatórios de 2002 e de 2005, mas não agiu", reforçou o deputado, antes de concluir que "a supervisão [Banco de Portugal] falhou clamorosamente face aos indícios que tinha desde 2001".
(CDS com Expresso.pt e SIC-N)
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