O CDS-PP acusou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna de "incapacidade" para encontrar um "consenso mínimo com as forças de segurança" sobre o novo estatuto profissional e manifestou "preocupação pelo clima de tensão" que se vive no sector.No final de audiências com as associações sócio-profissionais da PSP - a Associação Sócio-Profissional da Polícia e o Sindicato dos Profissionais de Polícia -, o deputado do CDS-PP Nuno Magalhães confessou aos jornalistas estar "extremamente preocupado com o estado a que chegaram os polícias a Portugal, nomeadamente com o aspecto fundamental que é a motivação dos homens e mulheres desta força"."Sabemos que de Junho a Setembro normalmente a criminalidade é mais grave e mais elevada, e verificamos que à entrada para este período temos um clima de tensão entre as polícias e o ministério, uma incapacidade da parte do ministério de resolver os problemas e até de fazer aprovar um estatuto que quase há um ano anda a negociar e a prometer que irá apresentar", criticou o deputado centrista no Parlamento.Na opinião do democrata-cristão, deve ser o primeiro-ministro a "responder perante o país por aquilo que é a manifesta incapacidade, incompetência até, da parte do ministro da Administração Interna de encontrar um consenso mínimo com as forças de segurança".Nuno Magalhães defendeu que em relação às forças policiais o Governo tem de "considerar a sua especificidade, ao nível da diferenciação com o resto da função pública e ao nível do subsídio de risco": "Não podemos admitir que polícias sejam agredidos, como ainda esta madrugada aconteceu em Loures e no Barreiro, baleados inclusivamente, e não lhes seja reconhecido qualquer subsídio de risco pelo exercício dessa função", exemplificou.O deputado do CDS-PP referiu que "ao nível das leis penais" espera que "nestes dois casos concretos não haja buraco na lei que permita que estas pessoas não aguardem detidas o seu julgamento", defendendo que este deve ser "rápido". "Isto também tem a ver com a dignidade das polícias, que é verem reconhecido o seu trabalho", afirmou.
(CDS com Público.pt)
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