segunda-feira, 15 de junho de 2009
ANÁLISE DO RESULTADO ELEITORAL DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS
1. A QUEDA DO PS
A votação obtida pelo PS nestas Eleições Europeias é uma das piores votações de sempre por este partido. O PS caiu quase 20% tanto em relação às Eleições Legislativas de 2005 como em relação às anteriores Eleições Europeias. Esta é uma das piores derrotas obtidas por um partido de governo.
Este elemento de análise permite concluir que o CDS-PP tem razão quando diz que o actual Governo está esgotado. Depois da Moção de Censura expressa pelos eleitores, a consequência lógica é a apresentação de uma Moção de Censura na Assembleia da República. O CDS-PP vai fazê-lo de uma forma construtiva apontando as alternativas às políticas erradas do actual executivo.
2. MAIS BAIXA VOTAÇÃO DO “CENTRÃO” EM VINTE ANOS
Desde o fenómeno PRD, no final dos anos oitenta, o PSD e o PS juntos nunca tinham obtido uma votação tão baixa. Registaram uma votação de 58,28% dos votos, ou seja mais perto de metade do que de dois terços dos votos. Nas Legislativas de 2005, por exemplo, os mesmos partidos tinham somado 73,75% dos votos, quase três quartos da votação.
Este elemento de análise permite concluir que o sistema português é cada vez menos bipartidário, tornando-se mais parecido com o que acontece na generalidade dos países europeus (multipartidários). É preciso manter esta redução da expressão eleitoral, para evitar a hipótese do bloco central de interesses vir a ter uma correspondência política.
3. O RESULTADO DO CDS-PP
O resultado do nosso partido significa um crescimento de 1,11% em relação às eleições legislativas de 2005. Foi um fenómeno nacional, tendo o CDS-PP crescido em quase todos os Distritos e na esmagadora maioria dos concelhos de Portugal. O segundo deputado eleito pelo CDS-PP entrou em 19º lugar em 22 mandatos elegíveis.
Este elemento de análise permite concluir que o CDS-PP está numa rota de crescimento e afirmação. Para esta conclusão, releva o facto de nas últimas eleições europeias, o segundo deputado do CDS-PP ter sido o 24º a ser eleito, o que, aplicado ao presente acto eleitoral, teria como consequência a sua não eleição. O CDS-PP confirmou que é inteiramente capaz de crescer por si, sem depender de coligações.
4. A CONFIRMAÇÃO DO RESULTADO OBTIDO NOS AÇORES
No último acto eleitoral a que o CDS-PP se apresentou aos eleitores, as Eleições Regionais nos Açores, o CDS-PP cresceu e conquistou o seu maior grupo parlamentar de sempre. Agora, em Eleições Europeias o CDS-PP cresce e mantêm o seu grupo parlamentar, quando o número de deputados eleitos em Portugal diminui.
Este elemento de análise permite concluir que o crescimento nos Açores não era, apenas, um fenómeno regional, mas que tem correspondência em eleições nacionais como são as Europeias. O ciclo eleitoral tem quatro etapas: Açores, Europeias, Legislativas e Autárquicas. Duas das etapas, são já provas superadas.
5. O CDS-PP MANTÊM-SE OU CRESCE ONDE ESTÁ COLIGADO
O CDS-PP obteve na generalidade dos Concelhos onde existem ou virão a existir coligações autárquicas, resultados superiores aos obtidos em eleições anteriores. Esta realidade tem poucas excepções e não difere em função do tipo de eleitorado.
Este elemento de análise permite concluir que o CDS-PP continua a ser indispensável para a governação de muitas das capitais de distrito e outros municípios do país. Sendo de notar que, em muitos concelhos onde não existem coligações, o CDS-PP é para a existência de maiorias não socialistas, à direita.
6. UM GRUPO PARLAMENTAR DE 16 DEPUTADOS SE AS ELEIÇÕES FOSSEM LEGISLATIVAS
Com os resultados verificados nestas eleições, o CDS-PP elegeria 16 Deputados, no caso de as eleições serem Legislativas. Com efeito, o CDS-PP manteria todos os deputados eleitos em 2005, elegendo mais um em Braga, no Porto, em Aveiro e em Santarém.
Este elemento de análise permite concluir que há espaço de crescimento para o CDS-PP nas próximas eleições, pelo que é fundamental fazer o trabalho de base que o sustente. Sendo ainda de notar que, em dois outros distritos – Faro e Coimbra – havendo um crescimento suplementar pode ser a oportunidade de eleger um Deputado
7. O PARTIDO DE UM HOMEM SÓ?
Os críticos do CDS-PP gostam de colar o Partido ao epíteto de “partido de um homem só”, querendo fazer crer que para além do líder, o partido não tem sustentabilidade. Essa teoria sempre defendeu que se não fosse o líder a ir a votos o CDS-PP teria maus resultados.
Acontece que o CDS-PP se apresentou a votos nos Açores liderado por Artur Lima e nas Europeias por Nuno Melo, e em ambos cresceu.
Este elemento de análise leva a concluir que, sendo o empenho do líder um facto importante para os resultados alcançados, estes foram conseguido por outras figuras do partido. Assim, fica provado que o CDS-PP tem quadros de qualidade que podem dar a cara pelo partido, em qualquer acto eleitoral.
8. AS SONDAGENS
O resultado obtido pelo CDS-PP desmentiu todas as sondagens realizadas durante a campanha eleitoral. O CDS-PP foi constantemente confrontado com sondagens em que nem um deputado elegia. Na última semana, os vários institutos atribuíram-nos 3%, 4%, 5% e 6%. Nenhum se aproximou da verdade. Este fenómeno terá influenciado negativamente eleitores na sua ideia de utilidade do voto CDS-PP.
Este elemento de análise leva a concluir que algo tem de mudar na forma e publicação de sondagens em Portugal. É fundamental exigir responsabilidades a quem faz as sondagens e rigor as quem as publica. O CDS-PP não descansará enquanto esta matéria não seja objecto de debate aberto.
9. O REFORÇO DO PESO DO PPE
Da análise do resultado das eleições nos vários países da União Europeia, resulta claro um reforço do Partido Popular Europeu, onde se incluí o CDS-PP, e um recuo do Partido Socialista Europeu. Os partidos do PPE ganharam onde são poder como na Alemanha ou em Itália, mas também onde são oposição como em Espanha ou no Reino Unido.
Este elemento de análise leva a concluir que ao contrário do que vem afirmando o politicamente correcto, não é à esquerda que se encontram as soluções para a crise. Os vários povos da Europa deram uma clara prova de confiança na direita e numa economia de mercado com responsabilidade ética.
10. CONTRARIAR A EXTREMA-ESQUERDA
Apesar dos vários indicadores positivos, há um facto negativo nos resultados eleitorais, o crescimento da extrema-esquerda para mais de 20%. Este fenómeno não encontra paralelo em nenhum outro país da União Europeia.
Este elemento permite concluir que é essencial acentuar o combate cultural no sentido de demonstrar o que representam, na realidade, o PCP e o BE, ou seja, o legado histórico de regimes que espalharam a miséria e a opressão por esse mundo fora, e a inconsistência das soluções concretas que propõem. É muito importante que o CDS recupere a distância – cerca de 2% - que o separa destes partidos.
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