O CDS-PP anunciou hoje que vai solicitar a votação em Janeiro das propostas para a reposição de direitos perdidos pelos deficientes das Forças Armadas, nomeadamente a comparticipação a cem por cento de todos os medicamentos.
"Vamos pedir para que sejam discutidas nos próximos dias e para que sejam votadas em Janeiro", anunciou o deputado do CDS-PP João Rebelo, numa declaração política no plenário da Assembleia da República.
João Rebelo lamentou nada ter sido decidido até agora.
Por isso, acrescentou, o CDS-PP vai solicitar a discussão das propostas em plenário "nos próximos dias" e a sua votação em Janeiro.
Uma das propostas do CDS-PP é referente ao alargamento da comparticipação do Estado a todos os medicamentos de que os deficientes precisam e não apenas para os servem para tratar a deficiência.
Quando apresentou o diploma em Julho, o deputado João Rebelo explicou que actualmente "só são pagos a cem por cento os medicamentos necessários para tratar as patologias resultantes directamente da deficiência".
Os democratas-cristãos defendem, no entanto, que a comparticipação do Estado deve ser alargada a todos os medicamentos de que os deficientes precisam.
No outro diploma, o CDS-PP propõe um regime especial de indexação das prestações sociais que garanta uma actualização "mais favorável", dado que os deficientes foram prejudicados com a criação do indexante único, por exemplo, quanto ao abono suplementar de invalidez.
"Os projectos visam repor direitos dos deficientes das Forças Armadas tirados em 2005 e 2006", disse ainda na altura João Rebelo.
Hoje, tal como quando foram apresentados os projectos, PCP e PSD manifestaram o seu apoio aos diplomas.
"O Estado não pode esquecer-se dos deficientes das Forças Armadas", defendeu o deputado PCP António Filipe, assegurando a disponibilidade dos comunistas para "corrigir a situação" e "reparar uma injustiça".
Pelo PSD, o deputado Luís Campos Ferreira reiterou igualmente o apoio dos sociais-democratas às propostas do CDS-PP, apelando ao PS para que não poupe dinheiro com "aqueles que lutaram pela pátria" e criticando a "insensibilidade social" que os socialistas demonstram nesta questão.
O deputado do CDS-PP João Rebelo lembrou ainda que as deficiências que todos estes homens hoje têm foram contraídas ao "serviço da pátria".
"É injusto o que está a acontecer", sublinhou.Lembrando que as duas propostas apresentadas pelo CDS-PP ainda antes das férias de Verão baixaram à comissão sem votação por proposta do PS para "serem melhoradas e aprovadas em sede de Orçamento".
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