quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


CDS RECORDA ADELINO AMARO DA COSTA E PROMETE CONTINUAR EM BUSCA DA VERDADE



O CDS-PP recordou hoje Adelino Amaro da Costa, prometendo continuar em busca da verdade sobre a queda do avião onde seguiam a 04 de Dezembro de 1980.
"Não deixaremos de fazer tudo para que a Assembleia da República vá onde possa ir para investigar o caso Camarate", assegurou João Rebelo, que no início de uma declaração política no plenário da Assembleia da República lembrou o antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o seu ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa.
Menos de um ano depois de ter tomado posse como primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro morreu no dia 4 de Dezembro de 1980 quando o avião em que seguia com o então ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, se despenhou em Camarate.
Recordando o democrata-cristão Adelino Amaro da Costa e a forma como ainda hoje a sua figura faz jovens despertarem para a política, João Rebelo admitiu a sua revolta por nunca ter sido apurada a verdade sobre a queda do avião onde seguia Sá Carneiro e o seu ministro da Defesa.
"Não pode ser impunemente que perdemos um primeiro-ministro e um ministro da Defesa", considerou.
João Rebelo voltou a aludir à possibilidade dos democratas-cistãos proporem a criação de uma nova comissão de inquérito sobre o caso Camarate.
"O CDS-PP irá discutir a oportunidade de uma nova comissão de inquérito para concluir as investigações que aqui foram feiras", disse, lembrando que foi na Assembleia da República que foram apurados muitos dos factos que hoje são conhecidos sobre o caso Camarate.
"Foi aqui que se apurou a verdade, não foi a investigação ou o Ministério Público", referiu.
Ao longo dos anos, a Assembleia da República criou oito comissões de inquérito, e a última concluiu pela tese de atentado para explicar a queda do avião onde seguiam Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa.
A queda do Cessna em que viajavam para o Porto, logo após a descolagem de Lisboa, provocou ainda a morte de Snu Abecassis, companheira de Sá Carneiro, de António Patrício Gouveia, chefe de gabinete do primeiro-ministro, e dos dois pilotos do aparelho.

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