quinta-feira, 22 de julho de 2010

Caro (a) Amigo (a)


O novo Estatuto do Aluno, que será hoje aprovado com as propostas que o CDS conseguiu fazer passar, valoriza a autoridade do professor, a exigência dentro da escola, a disciplina que tem de ser um valor quando há actos de indisciplina, a responsabilidade de todos e o mérito como objectivo da escola e do aluno. Terá um artigo específico que define e protege a autoridade do professor. As agressões e os actos de violência na escola passam a ser comunicadas ao Ministério Público. O processo disciplinar passa a ser muito mais rápido - numa semana tem de estar concluído. Quem danifica o património da escola tem obrigação de o reparar. São instituídos os prémios de mérito na escola. Há direitos mas também há deveres. Estabelece-se a distinção entre faltas justificadas e faltas injustificadas. Quando for o caso, há retenção por faltas. Acabam as famigeradas provas de recuperação.
As propostas do CDS melhoraram - e muito - o novo Estatuto do Aluno. Sem lirismos. Sem baldas. Mas a favor da autoridade, da exigência, da disciplina e do mérito na escola.

Não conseguimos tudo - como uma diferenciação dos apoios sociais conforme a majoração para os casos de melhores resultados ou penalização para os casos de menor assiduidade – mas o essencial está lá.


Com um abraço amigo,

Paulo Portas

quarta-feira, 21 de julho de 2010


Caro(a) Amigo(a),


No próximo mês de Julho, o CDS faz 36 anos.

Este ano, vamos retomar uma tradição que o CDS teve nos seus primeiros anos, com grande sucesso. Vamos organizar a Corrida de Toiros CDS, popularmente conhecida como a Corrida CDS.

Como poderão ver pelo programa anexo, o cartaz da Corrida é excelente. Nada menos do que 6 cavaleiros. António Ribeiro Telles, Vitor Ribeiro, Pedro Salvador, Brito Paes, Duarte Pinto e Soller Garcia! Teremos também 2 Grupos de Forcados: Montemor e Caldas da Rainha. Os toiros são Vale do Sorraia.

Pedimos a todos os militantes que são aficionados que adquiram o seu bilhete e divulguem a iniciativa. Pedimos às concelhias que estejam interessadas para promoverem a organização de grupos e respectivo transporte, com o apoio da Secretaria-Geral.

A Corrida CDS é à Portuguesa, como é próprio de um Partido especialmente sensível às questões da identidade nacional. Na verdade, a tourada faz parte da tradição e da cultura portuguesas e tem adeptos de todas as condições, em inúmeras regiões. A tourada não se esgota no mundo rural, mas é especialmente sentida no mundo rural, que o CDS defende como nenhum outro Partido.

O espectáculo tauromáquico é uma festa popular. Claro que no CDS se respeita a liberdade de opinião sobre as touradas. É por isso que nos dirigimos especialmente aos militantes que são aficcionados e apreciam uma boa corrida, em coerência com a defesa que sempre fizémos da dignificação desta expressão cultural.

Vamos encher a Praça de Toiros das Caldas da Rainha! E mostrar que o fenómeno tauromáquico é também importante do ponto de vista económico, turístico e ambiental.

Esta iniciativa, honra a nossa História e permite aos militantes e simpatizantes viver um bom momento. O programa prevê um arraial popular, antes da Corrida, e uma festa da juventude, após a Corrida.

Adira e divulgue!

Contamos com a vossa mobilização.



Com estima,

Basílio Farinha




Programa

Grande Corrida do CDS

Caldas da Rainha - 24 de Julho



19h- Arraial Popular com porco no espeto no recinto da Expooeste;

21.30h- Grande Corrida do CDS na Praça das Caldas da Rainha;

24h- Festa da Juventude Popular na discoteca Green Hil, na Foz do Arelho (oferta de uma bebida).


Notas:

1. Os bilhetes para a Corrida CDS estarão à venda nas diversas distritais do CDS, junto dos Secretários-gerais Adjuntos ou poderão ser reservados através da Secretaria-geral do Partido, pelos números de telefone 21 881 4742/20 ou pelo e-mail secretaria-geral@cds.pt;

2. O valor dos bilhetes é de 20€ para militantes e simpatizantes do CDS e de 15€ para militantes da Juventude Popular;

terça-feira, 20 de julho de 2010

Caro (a) Militante,

2010 foi um ano de forte afirmação do CDS. O nosso Partido liderou os principais combates na oposição a um Governo fraco e incompetente. Mantivemos a palavra dada aos nossos eleitores. E os nossos Deputados são reconhecidos pela sua qualidade e pela sua produtividade. O CDS é a oposição que tem mais razão e é o Partido mais trabalhador.

A situação do país exige um CDS forte. Portugal é hoje uma economia doente, uma sociedade mais injusta e um Estado débil e ineficiente. A mudança é cada vez mais necessária.

O CDS vai ter um ano 2010/2011 pleno de momentos importantes. Por isso, queremos que o aniversário do CDS, tradicionalmente comemorado no Algarve, seja um evento significativo, um evento forte, um evento de esperança na mobilização do CDS, na afirmação do CDS.

O CDS deve mostrar a sua força. O país, os nossos simpatizantes, e também os nossos adversários, devem sentir essa força do CDS, a única capaz de mudar significativamente o estado do país.

Esta carta é um convite: aos militantes, de todas as regiões e idades, para se inscreverem, comparecerem e divulgarem, o jantar de aniversário do CDS, É no dia 31 de Julho, pelas 20h30m, no restaurante La Reserve, perto de Faro (mapa em anexo). O jantar é aberto a militantes, familiares e amigos. Como acontece todos os anos, farei uma importante comunicação política.

Venha daí. Confirmações pelo telefone 21 8814700 ou pelo e-mail secretaria-geral@cds.pt

Com estima,

Paulo Portas

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ESTADO DA NAÇÃO: DISCURSO

Sim pusemos as contas públicas em ordem! Mas fizemos mais: restaurámos a credibilidade do Estado Português!

(José Sócrates, Estado da Nação, 20 Julho 2009)

Um ano depois, Portugal tem o maior endividamento da Europa; a maior carga fiscal de sempre; a maior despesa pública de sempre; o maior desemprego de sempre.

- Um ano depois, Portugal é uma Nação em que a esperança é cada vez mais rara; e em que os vexames internacionais são cada vez mais frequentes.

- A forma como o Primeiro-Ministro conduziu o país, conduziu o País até aqui. Revisitar aquela sua proclamação as contas estão em ordem! Restauramos a credibilidade de Portugal é apenas um expressivo exemplo de como o sr. é um PM de quem hoje se pode dizer que tem contactos curtos e intermitentes com a realidade.

Senhor Primeiro-Ministro: alguém tem de lhe dizer que o senhor é o homem errado para esta hora difícil.

- Os Portugueses sabem que qualquer semelhança entre o que o PM disse, antes das eleições, e o que o PM fez, depois das eleições, é uma mera coincidência. Na verdade, o senhor

a) mentiu, sobre o valor do défice;

b) subestimou, a questão do endividamento;

c) ludibriou, quanto aos impostos;

d) iludiu, sobre o TGV, Auto-estradas e Aeroporto;

e) pantominou, sobre os fundos comunitários da Agricultura;

f) errou, na avaliação dos professores;

g) facilitou, no Estatuto do Aluno;

h) enganou, nas leis penais;

i) incumpriu, sobre o reforço das polícias;

j) negou o que dissera, nas prestações Sociais; e

k) Como todo o país sabe, fantasiou nas SCUTs.

Não olhes para o que eu digo, olha para o que eu faço. É precisamente por isso que muitos portugueses pensam que o senhor já não tem um Programa de Governo; o que o senhor tem é o que sobra do que resta de um Programa Eleitoral.

- Como sabe, há quem diga que é possível enganar muita gente, pouco tempo; ou pouca gente, muito tempo; o sr. foi mais longe e quis enganar toda a gente ao mesmo tempo. É por isso que hoje, em Portugal, os satisfeitos são poucos e os desiludidos são imensos. São:

a) os jovens, cada vez mais desamparados para encontrar um emprego;

b) os casais desempregados, a quem aceitou dar e logo retirou um apoio melhor;

c) os idosos, a quem penalizou na pensão e vai penalizar nos remédios;

d) os doentes, a quem prometeu a unidose que nunca chegou;

e) as Misericórdias, com quem nem negociou nem assinou o acordo que anunciou;

f) as PMES, sufocadas entre o crédito que já não há e os impostos e contribuições que vêm aí;

g) os aforradores a quem aumenta impostos e muda regras;

h) os contribuintes a quem vai aumentar impostos duas vezes em 6 meses;

i) os agricultores, que desprezou, empobreceu e levou ao desespero;

j) os juízes, a quem tira e põe férias como quem muda de camisa;

k) as Forças de Segurança, a quem nunca protegeu, nem nos recursos, nem nas leis;

l) os imigrantes, a quem uma política laxista vendeu ilusões e por isso hoje tem 40 mil estão no desemprego;

m) os professores, a quem nenhum outro político destruiu tanto o brio e a motivação;

n) e os funcionários, generosamente aumentados em ano eleitoral, mas hoje mira e alvo do PEC 4, sejam bons ou sejam maus, no seu zelo.

E por aí fora, por aí fora, sr. PM. Estes Portugueses nunca mais acreditarão na sua palavra.

- O Governo que não foi capaz de reconhecer os problemas, antes das eleições; e não é capaz de cumprir a sua palavra, depois das eleições. Mas acresce um PM que pratica o auto-elogio como religião pessoal, a um ponto que deixa estupefactos, quando não indignados, os portugueses que são prosaicamente realistas. O sr. PM que já disse que Portugal é campeão na retoma, que Portugal é campeão na saída da recessão, que Portugal é campeão no crescimento e que Portugal é campeão nas reformas.

Olhe, sr. PM, ano e meio depois de ter anunciado a retoma, não chegou retoma nenhuma; veja lá se Portugal não vai ser o único país da zona euro a entrar outra vez em recessão, depois de todos saírem dela; não enfabule: se Portugal crescer 0.9% este ano, 12 países da zona euro vão crescer mais do que nós; e se Portugal crescer 0.2% no próximo ano, isso significa que 25 países da União Europeia vão crescer mais, muito mais, do que nós. Se as reformas estivessem feitas, Portugal não seria, como é, hoje, campeão do desemprego, campeão do endividamento, campeão da despesa, campeão do desperdício, campeão das falências, campeão do facilitismo e campeão da injustiça.

- a prova de que este PM insiste no erro, persiste na ilusão e resiste ao mero bom senso, sendo portanto um caso irremediável, está em quatro factos recentes:

a) o relatório do BdP confirma aviso do CDS: o aumento sucessivo de impostos, o aumento duplo do IRS, o projectado aumento de contribuições, ferem a economia real, liquidam a criação de emprego e eliminam o crescimento.

b) Pelo contrário a desqualificação de Portugal pelas agências de rating não confirma a promessa feita pelo Governo e pelo PSD, segundo o qual as medidas tomadas acalmariam os mercados e susteriam o nosso declínio;

c) O anúncio feito pelo Governo de que a 3ª Ponte vai ser lançada em breve, confirma o aviso que o CDS fez: a assinatura do TGV tinha como propósito tornar inevitáveis as outras Grandes Obras agora a ponte para obter a ligação ao TGV a Lisboa, amanhã o Aeroporto para ligar ao TGV.

É espantoso como o Governo prossegue na rota do endividamento, numa altura em que, economicamente, Portugal está a endividar-se, não para crescer, mas para empobrecer; é incompreensível como é que o PSD aceitou o aumento de impostos sem exigir, em contrapartida, garantias sobre a suspensão dos grandes projectos.

d) A novela das SCUT não confirma a promessa de bom senso feita pelos Partidos do PEC; As Estradas de Portugal, se não estão em ruptura, estão perto; as SCUT custam oficialmente 540 ME ao contribuinte; ainda assim, com todos os sinais vermelhos acesos, PS e PSD trocam alegremente descontos, isenções e excepções, de modo que metade do 2º aumento do IRS vai direitinho para pagar isenções, excepções e descontos nas SCUT.

e) Ainda hoje, perante uma proposta sólida do CDS para reduzir, não a despesa social, mas a despesa do Estado-administração, do Estado-empresa e do Estado-aparelho, em mais de 1000 Milhões de euros, o sr. aos costumes disse nada. Fica bem à vista que o aumento do IRS é uma escolha sua, não é uma inevitabilidade do país. E sr. PM, reduzir menos é pagar mais; quem vai deduzir menos são, em cheio, os contribuintes do 3.º, 4.º e 5.º escalão do IRS. Desde quando é que famílias com 800€ são ricos?

II

- Creio ter sido absolutamente claro: os Portugueses foram enganados pelo Primeiro-Ministro, não confiam na sua palavra, não acreditam na sua atitude e estão muito cépticos quanto aos resultados das medidas que vão ser tomadas.

Para a maioria dos Portugueses, José Sócrates já é o passado; é um passado que lhes pesa; como sair desse passado é a questão que mais importa.

- Perceba isto, sr. PM: a sua maior qualidade a determinação deixou de prestar o menor serviço ao País. É impossível não concluir que o sr. é determinado no erro, na ilusão, na fantasia.

- Sucede que tão grave como o declínio económico que muitos vêem, é o impasse político que estamos a viver. Quanto mais os cidadãos sentem a grandeza do problema económico, mais pressentem a exiguidade das respostas políticas. Daí o sentimento de insegurança nos cidadãos, aliado a um grande cansaço com a política e frustração com os políticos.

- Tentarei caracterizar sucintamente, os elementos do impasse político.

1. Os Portugueses sabem que, perante uma profunda crise económica, temos um mau Governo;

2. Apesar da desconfiança do país neste Governo, este Primeiro-ministro não se atreve a colocar aqui uma moção de confiança, pela simples razão de que teme perdê-la e ser confrontado com a vontade popular;

3. Em alternativa, qualquer moção de censura, apresentada nesta câmara, não prospera, pelo simples facto de que o PSD salvará o Governo;

4. PS e PSD fazem juntos tudo o que o Governo quer, mas não querem estar juntos no Governo;

5. O PM está tão descredibilizado que dificilmente conseguirá fazer uma remodelação que desse um novo fôlego: quem entre o pessoal de qualidade aceita dar caução a um PM que já é passado?

6. Enquanto o país económico pode estar a caminho de uma recessão, o país político pode estar a dirigir-se para um absurdo: vem aí o Orçamento de Estado, será votado quando o Parlamento já não pode ser dissolvido e se o Governo insistir em aumentar impostos outra vez o país arrisca-se a ficar nesta situação: nem tem Orçamento, nem pode ter eleições;

7. Mesmo que, depois das eleições presidenciais, haja condições para uma mudança política, a mera conjugação dos prazos insolitamente longos que estão na Constituição, permite perceber que Portugal só terá um novo Governo, um novo caminho, um novo rumo, daqui a mais de um ano.

- Os elementos do impasse são estes. Pergunto: pode Portugal, na situação dificílima em que está, ficar mais um ano à deriva?

- Uma nota suplementar sobre uns dos elementos deste impasse: PS e PSD alimentam uma guerrilha pública que não é coerente com o acordo que, no essencial, estabeleceram. O caso da revisão constitucional é o mais estridente:

Não está aberta, ninguém conhece as propostas, é um assunto muito sério porque toca a lei fundamental de todos nós, mas está a servir ao PS para fazer de conta que é socialista; e ao PSD para fazer de conta que não tem um acordo com o PS.

O caso dos impostos é o mais penoso: O que o Governo nunca tinha dito, é que ia aumentar, segunda vez, a retenção na fonte do IRS; mas o PSD bem sabe o risco em que colocou o país, viabilizando aquele PEC, onde a questão das deduções estava escrita, sem precisar o ano a que diziam respeito. A duplicidade de uns e de outros não ajuda nada a autenticidade política que os portugueses exigem.

III

- Perante o declínio económico de Portugal;

- Perante o impasse político que descrevi, é minha obrigação dizer aqui o que em consciência penso e também o que o meu patriotismo reclama:

- Senhor Primeiro Ministro: o Senhor é o passado e já não recupera; os Portugueses não o vêem como solução, vêem-no como problema; acham que quem nos trouxe a esta crise não é capaz de nos tirar desta crise.

Ponha a mão na consciência; perceba o mal que está a fazer ao país e tenha um gesto de humildade: saia!

- Permita que o seu partido escolha outro primeiro ministro. Escolham alguém moderado e com os pés assentes na terra. E se quer saber, em minha opinião, o que o país, nesse caso e só nesse, devia ter, era uma coligação entre PS, PSD e CDS, para três anos, com o objectivo de tirar o Portugal deste atoleiro ou deste pântano se preferir mas isso, consigo, não é possível.

De certo o país apreciaria uma garantia de estabilidade e um exemplo de patriotismo;

Decerto as instituições internacionais apreciariam, neste tempo excepcional, uma solução de Governo verdadeiramente excepcional;

O pedido que lhe faço é difícil; mas a solução que ofereço ao País é responsável.

Trata-se de fazer um esforço consistente para que Portugal não perca mais tempo e disponha de um Governo capaz de enfrentar seriamente o endividamento; promover o crescimento económico; perceber que sem empresas não há empregos; garantir, ainda para mais em tempo de crise, a segurança das pessoas e dos seus bens; apostar na excelência da educação; e quanto ao Estado-Social, compreender que mais importante do que salvar o Estado é salvar o Social, recorrendo a todas as instituições da sociedade civil que trabalham com os desfavorecidos.

Já seria um começo de futuro. Porque quanto ao presente, como diria o Professor Adriano Moreira, não vejo remédio.

domingo, 16 de maio de 2010

Caro(a) amigo(a),


O CDS vai lançar hoje uma petição muito importante. Chama-se “Parem esta Lei” e destina-se a evitar as piores consequências do novo Código de Execução de Penas.
Como provavelmente sabe, esta nova Lei, contra a qual o CDS lutou desde o início, permite colocar fora da prisão, sem vigilância da polícia, condenados por crimes graves e até extremamente graves, ao fim de apenas ¼ da pena e por mera decisão de um Director - Geral.
Esta lei tem de ser travada.
Representa um insulto para as vítimas de crimes, desmoraliza as forças de segurança e desautoriza os magistrados. Num tempo de criminalidade preocupante, esta lei é um sinal profundamente errado.
A nossa intenção é conseguir recolher o máximo de assinaturas para fazer uma forte pressão cívica, social e política e obrigar o Governo a rever o diploma, pelo menos nos seus aspectos mais graves.
Precisamos da sua ajuda. Precisamos da sua assinatura. Precisamos que fale desta petição aos seus familiares, aos seus amigos e aos seus colegas.

Vá hoje mesmo ao sítio www.paremestalei.net , subscreva e reenvie este e-mail para todos os seus contactos.

Muito obrigado pela sua atenção.
Até breve.
Com estima,

Paulo Portas

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Caro(a) amigo(a),

No Domingo, anunciei que vamos propor, ao Grupo Parlamentar, que a posição do CDS no Orçamento do Estado para 2010 deve ser a abstenção construtiva.



Quero agradecer penhoradamente o trabalho realizado pela equipa negocial do CDS, composta por Luís Queiró, Pedro Mota Soares, Assunção Cristas, Miguel Morais Leitão e Paulo Núncio.



Gostaria, pois, de lhe explicar esta posição:





Vantagens da negociação prévia do Orçamento do Estado.

· - O CDS, ao propor estas negociações, revelou sentido de Estado, dada a dificílima situação económica do país.

· - A negociação do Orçamento permitiu separar, naturalmente, os partidos que não têm vocação de governo, e por isso não sentem deveres de responsabilidade – o BE e o PCP -, face aos partidos do chamado “arco da governabilidade” – o CDS, o PSD e o PS.

· - A negociação prévia do OE permitiu substituir um clima de crispação política por um esforço de negociação, atendendo, sublinhe-se, à situação do País.

· - Esta negociação já produziu efeitos: o Orçamento será viabilizado pelas abstenções do CDS e do PSD.

· - Ao propor a negociação prévia do Orçamento, o CDS cumpriu com o que prometeu na campanha eleitoral: substituir uma maioria arrogante por uma cultura de compromisso.

· - Esta nova atitude – procurar compromissos – vai conseguindo resultados: a suspensão do Código Contributivo; o reembolso do IVA a 30 dias; a majoração do subsídio de desemprego para os casais com filhos, etc..



Razões para o CDS não votar contra:

· - Este não é o Orçamento do CDS, esta não é a política económica do CDS. A nossa viabilização é uma atitude de patriotismo e responsabilidade.

· - Na verdade, Portugal encontra-se, neste momento, sob advertência externa. O nível do endividamento e do défice atingiram tais proporções que o que está em causa é a credibilidade do Estado português no exterior. Votar contra seria piorar a situação. Os mercados internacionais e as instituições que avaliam a nossa situação penalizariam, imediatamente, a rejeição do Orçamento do Estado e a eventual queda do Executivo.

· - A maioria dos portugueses deseja um entendimento no Orçamento. O Presidente da República pediu isso mesmo. A Constituição não permite eleições antecipadas neste momento. O sentido comum é o de que, em tempos muito difíceis, o patriotismo deve prevalecer sobre o espírito de facção. Votar contra seria contribuir para a precipitação de uma crise política que é indesejável.

· - Com o OE viabilizado, o Primeiro-ministro não poderá dizer que não o deixam governar. É, simplesmente, falso, aos olhos de qualquer pessoa atenta. Se a estratégia do Governo é abrir uma crise, a viabilização do OE anula essa estratégia.

· - No decorrer da negociação, devemos notar que o Governo deu algumas garantias importantes e mostrou abertura a algumas matérias relevantes para o CDS.



PONTOS DE CONVERGERGÊNCIA QUE JUSTIFICAM A ABSTENÇÃO CONSTRUTIVA.

Na Saúde:

· - Contratualizar de 40.000 cirurgias (em várias especialidades) através de um acordo-quadro com as Misericórdias.

· - Melhorar os Cuidados Paliativos, assegurando pelo menos uma equipa em cada distrito.

· - Efectivação da unidose.



Na Agricultura:

· - Aumento considerável das verbas nacionais do PRODER para a Agricultura e Floresta.

· - Desburocratizar completamente o PRODER, para evitar novas perdas de fundos para Agricultura e Floresta.



Nos Impostos:

· - Abertura a uma significativa majoração do desconto no IRS por cada filho.

· - Oportunidade de alterar o regime que prejudica o casamento no IRS.

· - Melhorar significativamente os direitos do contribuinte nas penhoras fiscais (fim das penhoras automáticas, que não respeitem os meios de defesa do contribuinte).

· - Arbitragem fiscal – resolução mais rápida para os litígios fiscais



Para as PME’s:

· -Compensação de créditos entre as empresas a quem o Estado deve dinheiro e que, por sua vez, são devedoras ao Estado.

· - Reembolso do IVA a 30 dias, apartir de 1 de Janeiro.

· - Abertura à negociação de um novo regime de pagamentos atempados das dívidas do Estado.

· - Maiores apoios à internacionalização das empresas portuguesas.



Nas questões macro-económicas:

· - Garantia de que não há aumento de impostos.

· - Melhor subsídio de desemprego para casais com filhos.

· - Endividamento: admissão de um controlo reforçado das PPP

· - Alargamento do plano de privatizações.



DIVERGÊNCIAS DE FUNDO QUE IMPEDEM O VOTO A FAVOR



· - O Governo não aceita uma redução selectiva de impostos para estimular a economia.

· - O nível da despesa pública sobre o Produto é muito elevado.

· - Não há disponibilidade para rever as prioridades do investimento público já decidido.

· - Redução do Pagamento Especial por Conta: permanece divergência (CDS foi até uma redução de 50%; O Governo não aceitou)

· - O Governo não aceitou cortar no rendimento mínimo para aumentar mais 7 euros (somando aos 3 euros anunciados) as pensões mais baixas (mínimas, sociais e rurais).

· - Problema com o recrutamento de agentes das forças de segurança para 2010.





As propostas do CDS foram todas quantificadas e verificadas. Quando alguma significava um aumento da despesa ou uma diminuição da receita, a equipa negocial do CDS fez uma proposta de equivalente – e até superior – compressão da despesa.



Com um abraço amigo,



Paulo Portas


Presidente

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Carta enviada a todos os Deputados


Senhor(a) Deputado(a)
Nos próximos dias, a Assembleia da República vai debater e votar a proposta de lei do Governo e dois projectos de lei, visando instituir o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Venho por este meio pedir-lhe que vote contra estes textos legislativos e que se associe, assim, ao movimento social de defesa do casamento e da família.
É minha convicção que a sociedade portuguesa conta com que as suas deputadas e os seus deputados saberão estar ao seu lado, rejeitando uma intromissão política imposta de cima para baixo na esfera mais íntima das instituições sociais. E, nessa medida, saberão proteger a instituição histórica e natural do casamento, como união de homem e mulher, criadora de família.
Além disso, independentemente da posição individual de cada deputado ou deputada, pedimos-lhe que afirme a necessidade de que, por elementar respeito pelos valores da democracia, uma decisão sobre esta matéria só poderia ser tomada depois de um amplo debate e um voto claro por parte de todos os portugueses, o que nem um, nem outro ocorreram, como é sabido.

Com os melhores cumprimentos,
Basílio Farinha.