O líder do CDS-PP anunciou hoje que vai propor medidas para apoiar as empresas em dificuldades mas defendeu o aumento do salário mínimo por uma questão "de dignidade" e desafiou o Governo a aumentar igualmente as pensões.
Em conferência de imprensa na Assembleia da República, Paulo Portas defendeu que "não é em salários de 90 contos [450 euros] que se devem fazer cortes" e que o aumento acordado, de 426 para 450 euros, deve ser realizado por "uma questão de dignidade humana".
Face às críticas da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas, que admitiu propor aos associados que não renovem os contratos a prazo se o Governo insistir no aumento, Paulo Portas disse compreender as dificuldades das empresas e anunciou que vai propor medidas para que possam manter os seus trabalhadores.
Entre as medidas que irá propor em sede de discussão do Orçamento do Estado para 2009, Portas destacou a suspensão dos pagamentos especiais por conta, a devolução mensal do IVA às empresas, e a redução da Taxa Social Única.
O líder do CDS-PP desafiou o primeiro-ministro a aumentar as pensões mínimas "mais do que os cinco euros previstos" pelo Governo.
"O primeiro-ministro diz que é mesquinho discutir salários de 450 euros, faz de conta que é ele que paga os aumentos, mas quando se trata das pensões de sobrevivência, que é o Estado que paga, propõe aumentos de 5 euros", afirmou.
Questionado sobre o sentido de voto do CDS-PP à proposta do OE para 2009, Portas recordou que já fez publicamente uma "avaliação negativa" do documento, mas reservou a posição oficial para depois da reunião da comissão política da próxima semana.
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