Paulo Portas esteve esta terça-feira em Portalegre, onde inaugurou a nova sede do CDS-PP, na Rua Diogo da Fonseca Achaiolli, e onde visitou a Associação de Agricultores e a COO-POR. Considerando as instalações "magníficas", o líder do CDS-PP declarou que se trata de "mais uma passo na recuperação e reorganização" do partido no Distrito de Portalegre. Fez ainda questão de afirmar aos presentes que "ainda é um acto de coragem ser CDS nestas terras" e de lembrar que é o mandatário político da candidatura de Alter do Chão, "onde quero dar um grande reconhecimento à força do partido e à capacidade de ser CDS contra ventos e marés".Com um discurso onde apelou, várias vezes ao voto no CDS, Paulo Portas recordou que "fomos o único partido que colocou à frente das três listas para as eleições legislativas no Alentejo três pessoas ligadas à agricultura", o que, no seu entender, "significa que só o CDS dá prioridade verdadeira a uma economia competitiva".Com palavras de apoio aos agricultores, o líder do CDS frisou que se não tivermos os homens que trabalham a terra "não temos povoamento, ordenamento e produção, compramos tudo ao estrangeiro, vendemos pouco e nem sequer temos ecologia". "O CDS foi, é e será o porta-voz dos agricultores e pedimos-lhes que se defendam, defendendo o partido que os defende, que se projectem, votando no partido que os projecta, que falem pelo voto, votando no partido que fala por eles. Pedimos-lhes encarecidamente que não se deixem ir em cantilenas, pois o partido que defende a agricultura é o CDS", afiançou Paulo Portas.No seu discurso, Portas abordou também o desemprego, "principal problema social que o País tem hoje", defendendo que as propostas do CDS para apoiar quem está no desemprego e quer trabalhar "são mais justas do que certas que vêm de outros partidos de oposição mais à esquerda". Segundo disse, "somos até mais justos no apoio a quem cair no desemprego" e "somos muito mais eficazes do que qualquer outro partido em criar condições para criar novos empregos".Voto pela mudança Garantindo que a campanha do CDS "está a correr bem", o líder do partido confessou que, no dia 27 de Setembro, "os nossos votos são todos pela mudança". Nessa medida, deixou um pedido aos eleitores: "não votem sempre nos dois partidos do costume, porque depois o costume é arrependerem-se e queixarem-se porque está tudo igual ao que era antes". Por essa razão, e uma vez que o CDS "tem trabalho feito", "dêem-nos força e o CDS pode ter um grande resultado. Se pensam como nós, votem em nós". Paulo Portas afiançou que "precisamos de uma direita democrática, moderna, social, popular razoável e moderada, mas com convicções e firmeza como há em Espanha, França, Alemanha ou Inglaterra".Com críticas à oposição, assumiu que "caciquismo há no governo Sócrates que quer controlar os negócios e amedrontar os descontentes, também nas regiões autónomas e nas câmaras municipais da CDU, PS e PSD onde há muita gente que não pode vir a uma reunião como esta porque tem medo de perder o emprego e de ser prejudicado", o líder do CDS-PP voltou a pedir aos eleitores para que "votem em quem trabalha", até porque "na política tem de se ajudar quem se esforça mais"."Acho que podemos ter um bom resultado no dia 27 e depois a 11 de Outubro, mas é preciso trabalhar muito e ter um sentido humilde. Não se esqueçam de dizer às pessoas que fomos o partido que mais trabalhou e o partido que menos gasta", concluiu Paulo Portas na sua passagem pela nossa cidade.
Textos: Catarina Lopes
SOM
( Susana Mourato RP )